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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Poço artesiano é barato

Por PGAPereira

As águas subterrâneas preenchem os espaços vazios existentes nas rochas, formando reservatórios que acumulam cerca de 97% da água doce do planeta. Os rios, córregos e lagos perfazem um total de 3%. As águas subterrâneas são captadas por poços tubulares profundos, popularmente conhecidos como Poços Artesianos, que são alternativas para o abastecimento humano, agropecuário ou industrial.
MINI-POÇOS ARTESIANOS
O que é mini-poço artesiano? - O mini-poço artesiano é um poço tubular com diâmetro variável de duas a oito polegadas (5 a 20 centímetros aproximadamente) de diâmetro e com profundidade de 10 a 60 metros, ou seja, não ultrapassa o lençol de água (lençol freático).Pode produzir até 150 mil litros por dia.O revestimento utilizado pode ser de metal ou tubos de PVC com filtros para permitir a entrada da água. A água pode ser retirada do poço com compressor de ar, bomba injetora ou submersa ou ainda com bomba de pistão acionada por moinho de vento.A palavra Mini-Poço também é um termo popular usado para poço de pequena profundidade, não reconhecido tecnicamente, pois sua captação de água é de lençol freático, ou melhor, lençol de superfície, portanto sujeito a contaminação bacteriana ou química e a esgotamento, pois este lençol é instável em função da falta de chuva.A construção de um poço envolve a seleção dos fatores dimensionais mais adequados à estrutura geológica de seu terreno, bem como a seleção dos materiais a serem utilizados na sua construção. Um bom projeto objetiva uma ótima combinação do desempenho de uma longa duração do poço e no custo razoável da obra.
O que determina a profundidade? - É a localização do poço em relação ao início do lençol de água.Normalmente podemos ter uma idéia desse lençol se houver um brejo nas proximidades, onde, normalmente, é o inicio do lençol freático.Perfura-se de 10 a 30 metros após o início do lençol freático. Desta  forma  o poço terá água  nos períodos de poucas chuvas, quando  o lençol freático  baixa em torno de 3 a  4  metros.Os poços perfurados à rotação ou à lamas são normalmente típicos de formações sedimentares pouco consolidadas e de natureza detrítica, tais como arenitos, argilas, areias, etc., permitindo perfurar sem a colocação da tubagem.Cuidado! O poço pode ser muito profundo, mas não é a profundidade que caracteriza o poço como sendo um poço artesiano.
Por que escolher um mini-poço? - 1-Um mini-poço pode atender todas às suas necessidades. 2-O índice de sucesso de um mini-poço é de 90% ou mais. 3-A garantia das empresas é de 100%. Os poços por elas perfurados somente serão cobrados se produzir o volume de água garantido em contrato. 4-O preço estipulado é fixo e sem surpresas no final da obra e inclui todos os serviços e materiais que são descritos com detalhes no contrato. 5-O custo é muito menor do que um poço profundo.Somente o custo de uma moto-bomba submersa, tubulação e fiação elétrica de um poço profundo, podem custar várias vezes o preço de um mini-poço completo.6-Além do fato que o custo de manutenção de um poço profundo é muito alto.
O que determina a vazão? - Para este tipo de poço o fator determinante é a posição do mesmo em relação à bacia em que se encontra.Se o poço estiver em local muito alto, a profundidade será maior e a vazão menor. Se estiver na parte baixa da bacia, a profundidade será menor e a vazão maior.
O que determina a qualidade da água? Entre vários fatores, o mais importante é o local da perfuração.Se o poço for perfurado nas proximidades de fossa, brejo ou qualquer outro local contaminado é provável que a água seja contaminada.Porém, se forem respeitadas as distâncias recomendadas dos focos contaminantes, é muito provável que a água seja de boa qualidade.Existem poços de água mineral comercial com 4 metros de profundidade de ótima qualidade e poços com mais de 300 metros, contaminados com metais pesados e outros produtos prejudiciais à saúde.Portanto, um poço profundo não é garantia de boa qualidade da água.
 POÇOS SEMI-ARTESIANOS:
Autorização ou outorga - No Estado de São Paulo, para fazer a perfuração, é preciso uma autorização (chamada outorga) do DAEE, Departamento de Águas e Energia Elétrica. Em geral, a empresa contratada se encarrega de obter esta autorização. É bom garantir que este item conste do contrato.Assim que o poço começa a funcionar, ele precisa ser registrado no DAEE, para ter licença de uso. Esta parte é de responsabilidade do contratante. Contatos com o DAEE: www.daee.sp.gov.br. Confira se a empresa contratada está cadastrada no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), e se contribui para a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas). A consulta pode ser feita pelo telefone (11) 3104-6412 ou no site www.abas.org.Certifique-se da existência de assistência técnica. Comprove se a empresa tem seguro de responsabilidade civil geral, para o caso de acidentes. Verifique se o seguro do prédio vai necessitar mudanças.Informe-se sobre a estrutura técnico-operacional e se está equipada com gerador próprio para testes de vazão.  Observe se há uma frota de caminhões-pipa. São eles que fornecem a água necessária para os trabalhos de execução do poço.
Avaliação da qualidade da água - Para saber da existência de lençol freático é necessário fazer um estudo geofísico. Após a perfuração do poço, o condomínio passa a fazer um monitoramento diário e mensal, através de análises físico-químicas e microbiológicas.A qualidade da água só poderá ser avaliada após a perfuração do poço, através das análises físico-química e bacteriológica. A empresa é responsável apenas por garantir que não haja problemas bacteriológicos de qualidade da água em relação à construção do poço. Problemas por exemplo de excesso de Flúor na água, são características do meio geológico onde a mesma se encontra e não um problema de perfuração. Pode haver, embora muito raros problemas de contaminação da água do poço construído para o seu condomínio, proveniente de outros poços artesianos, mal construídos por outras empresas e que utilizam o mesmo lençol subterrâneo. Sobre a existência do lençol subterrâneo, este fica condicionado a presença de fraturas (fendas, rachaduras) nas rochas ou zonas vesiculares (furos na rocha semelhantes a uma esponja). São através destas estruturas que a água circula e é armazenada. Se tais estruturas não forem encontradas durante a perfuração ou a água não conseguir atingí-las, o poço será improdutivo (seco). Não há equipamento desenvolvido pelo homem capaz de encontrar água nas rochas de maneira 100% eficiente. Em relação à Cidade de Cascavel, o potencial para água subterrânea é muito grande. Dos 460 poços perfurados por nossa empresa no município, apenas 3 foram considerados improdutivos.
A manutenção de Poço semi-artesiano:
Quais os danos causados à natureza? - Todo uso consciente de um recurso natural não causa dano a natureza, mas para isso é preciso respeitar a lei e todas as regras impostas, é preciso também que haja fiscalização dos órgãos competentes, pois o mal  uso de um, contamina o lençol freático que todos utilizam. Um poço bem construído não oferece qualquer risco à natureza. Como nossos poços isolam totalmente a água do solo da água subterrânea, não há risco de contaminação do lençol subterrâneo. Quando perfuramos poços, nunca solicitamos a derrubada da vegetação para a construção do poço.Segundo alguns pesquisadores, está ocorrendo uma super exploração dos aqüíferos. A cada segundo são retirados dos rios e do subsolo no Brasil 840 mil litros de água por habitante, 40% desta água é desperdiçada, ultrapassando o padrão aceito internacionalmente, que é de 20%.Nos lugares onde há muitas casa e asfalto os lençóis freáticos podem ressecar, porque não há como a água da chuva penetre no solo para reabastecê-los.

Como é feito a manutenção do poço? - O que determina a limpeza e desinfecção de um poço é o resultado da análise físico- química e bacteriológica do poço, normalmente a cada 06 meses. Já os reservatórios faz-se necessário uma vez por ano.Em relação ao poço artesiano, nossos equipamentos de bombeamento têm uma vida muito prolongada. O poço pode ficar 10, 15 até 20 anos sem que ocorra qualquer problema com a bomba. No máximo pode haver a queima de um fusível no painel da bomba cuja substituição é de um valor muito baixo.O poço é uma construção civil realizada abaixo do nível do subsolo, fora do alcance visual, sujeito a problemas de origem mecânica, química ou geológica. A Manutenção Preventiva é a maneira mais econômica e eficiente de reduzir os efeitos prejudiciais desta ocorrência.Quando se trata de poço, geralmente só é dada alguma atenção ao equipamento de bombeamento e, mesmo assim, quando ocorre alguma avaria. Como já foi dito acima, por estarem situados abaixo do nível do solo, vale aquele adágio popular: “O que não é visto, não é lembrado".É necessária uma manutenção preventiva, o que certamente proporcionará benefícios na diminuição das despesas de energia e custo de operação.
A prática da manutenção do tipo corretiva consiste em atacar problemas pelos efeitos imediatos tais como:a)-Obstrução das seções filtrantes;b)-Produção de areia e argilas;c)-Deterioração da estrutura do poço;d)-Defeitos no equipamento de bombeamento;e)-Desgaste e corrosão da tubulação e adutora;f)-Problema bacteriológico do aqüífero;g)-Queda da vazão ou falta de produção de água do poço;h)-Falha nos equipamentos elétricos do quadro de comando. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Morte de Alexandre o Grande investigada

Alexandre em Vaso Grego
por PGAPereira

Na Babilônia, em 11 de Junho, 323 aC, por volta das 05:00, Alexandre o Grande morreu aos 32 anos, tendo conquistado um império que se estende desde a Albânia moderna para o leste do Paquistão. A questão de que, ou quem, matou o rei macedônio nunca foi respondida com sucesso. Hoje novas teorias estão conjecturando uma história mais longa, a execução de casos frios. Tal como a morte de Stalin, em comparação, a morte de Alexander representa um mistério que é talvez insolúvel, mas ainda assim irresistível. Os lustres da conspiração têm especulado sobre isso desde antes de o corpo do rei esfriasse, mas recentemente tem havido um número extraordinário de novos acusadores e novos suspeitos. Combustível foi adicionado ao fogo por Alexander Oliver Stone, lançado em 2004 com novas versões em 2006 e 2008: um filme que, independentemente das suas falhas artísticas, apresenta uma teoria historicamente informada sobre quem matou Alexander e por quê. Poucos eventos foram tão inesperados como a morte de Alexander. O rei tinha mostrado reservas fantásticas de força durante a sua campanha de 12 anos através da Ásia, suportando severas dificuldades e estado em funções de combate extenuante. Alguns chegaram a pensar nele como divino, uma idéia promovida e, talvez, entretida, pelo próprio Alexandre. Em 325, lutando quase sozinho contra os guerreiros do sul da Ásia, Alexandre teve um de seus pulmões perfurados por uma flecha, mas logo depois ele fez o mais difícil de suas marchas militares, uma caminhada de 60 dias ao longo da costa árida do sul do Irã. Conseqüentemente, quando o rei caiu gravemente doente e morreu dois anos depois, o choque sentido por seu exército de 50.000 fortes foi intensa. Assim foi a confusão sobre quem seria o próximo a liderá-lo, pois Alexander não tinha feito planos para a sucessão e ainda não tinha ainda nenhum herdeiro legítimo (embora nascesse logo após sua morte). O súbito desaparecimento de uma figura imponente de fato vir a ser um ponto de viragem catastrófico, o início de um meio século de instabilidade e conflito hoje conhecido como a Guerra dos Sucessores. Eventos dessa magnitude, inevitavelmente, levam a uma busca de causas. É perturbador pensar que o acaso cego - uma bebida ingerida por engano ou uma mordida de mosquito desconhecido - colocasse o mundo antigo em um novo curso perigoso. Uma explicação que mantém a mudança de mãos humanas pode de certa forma ser reconfortante, embora envolva um tom mais escuro de vista das relações de Alexandre com seus Companheiros, o círculo íntimo de amigos e oficiais de alta patente que o cercava na Babilônia. Os historiadores antigos não chegaram a nenhum consenso sobre a causa da morte de Alexandre, apesar de muitos atribuem à doença. Em 1996, Eugene Borza, um estudioso especializado em Macedônia antiga, participou de uma junta médica de investigação da Universidade de Maryland, que chegaram a um diagnóstico de febre tifóide; Borza desde então tem defendido encontrar na imprensa. Varíola, malária e leucemia também têm sido propostas, com infecção por alcoolismo, do ferimento do pulmão e dor – Heféstion, o amigo de Alexandre havia morrido alguns meses antes - muitas vezes visto como fatores complicadores. Mas alguns historiadores não estão dispostos a identificar uma doença específica, ou mesmo de optar entre a doença ou assassinato: dois especialistas de Alexander que, uma vez feita esta escolha (um de cada lado) mais tarde mudou suas opiniões para os indecisos. Com a pesquisa histórica em um impasse, detetives de Alexander estão chegando a novas idéias e novas abordagens. Armados com os relatórios de toxicologistas e patologistas forenses e aprofundando-se em psicologia criminal, eles vão re-abrir o arquivo Alexander como uma investigação de assassinato em curso.
A idéia de que Alexandre foi assassinado primeiramente ganhou maior atenção em 2004, graças ao fim do filme de Stone. No seu epílogo geral sobre Alexandre, o sênior Ptolomeu (interpretado por Anthony Hopkins), olhando para trás ao longo de décadas pela morte de seu comandante, declara: "A verdade é que o matei. Ao silêncio, consentiu... Porque não poderia continuar. ' Ptolomeu, em seguida, instrui o escriba alarmado registrando suas palavras para destruir o que ele acaba de escrever e começar de novo. "Você deve escrever: Ele morreu de doença, e na condição enfraquecida." A idéia de que os generais de Alexandre sentiram-se empurrados para longe demais do seu mestre e para impedi-los de serem coniventes com o assassinato, surgiu de Stones a famosa trama propensa a imaginação. Há alguma evidência de que nem mesmo os comandantes de  Alexandre estavam dispostos a segui-lo em qualquer lugar. Na Índia, em 325 aC, na margem oriental do rio Indus, o exército de Alexandre fez uma greve de não marchar, quando recebeu ordem para marchar para o leste, para o Ganges. Mesmo os mais altos oficiais de patente participaram do motim. Stone considerou este episódio um precursor da conspiração do assassinato posteriormente, já que Alexander estava novamente planejando vastas novas campanhas no momento de sua morte. "Eu não posso acreditar que esses homens estavam seguindo com Alexandre para a Arábia e Cartago, ele disse em uma entrevista em 2008 na Universidade da Califórnia, Berkeley. Stone também se baseou em pesquisa histórica sobre a idéia que Ptolomeu comandou um encobrimento do assassinato de Alexandre, mas as águas que ele está vadeando aqui são realmente muito escuras. A  história composta pelo escriba de Ptolomeu sobre a morte de Alexander, aparentemente, representa um antigo documento controverso chamado Jornais Reais. Embora agora perdidos, ficassem resumidos (em versões diferentes) por Ariano e Plutarco, dois escritores gregos do Império Romano, que endossou o estudo como o registro mais confiável dos últimos dias de Alexandre. Alguns estudiosos, liderados pelo australiano classicista Brian Bosworth, acreditam que os Jornais Reais foram falsificados para tornar a morte de Alexandre parecer natural, assim como o filme de Stone representa (embora Bosworth culpasse Eumenes, o secretário da corte de Alexandre, ao invés de Ptolomeu). Outros discordam, sendo os relatos dos jornais reais apenas o que Ariano e Plutarco imaginavam, uma testemunha ocular sem formação do dia-a-dia. O debate sobre as revistas da Royal tem enormes implicações para nossa compreensão da morte de Alexandre, porque Ariano e Plutarco descrevem esse evento muito diferente de outras fontes antigas. Ambos os autores dizem que Alexandre tornou-se febril após sair de uma bebedeira na casa de um amigo chamado Medius. Sua febre piorou ao longo de 10 ou 12 dias (os dois relatos diferem em cronologia), levando finalmente a um estado de paralisia em que o rei pudesse se mover porém sem falar. Como suas tropas embaralhavam-se ao passar pelo seu leito, os relatórios de Adriano afirmam que Alexandre apenas movia os olhos para dizer adeus a cada um. Morreu no dia seguinte.
Mas uma variedade de outras contas pinta um quadro muito diferente e foi isso que Stone seguiu em Alexander. Nesta versão alternativa Alexander foi atingido no meio da festa bebendo ao invés de mais tarde e, mais importante, assim como ele drenou um copo grande de vinho. Essas contas dizem que Alexander sentiu uma sensação de punhalada nas costas depois de derrubar o copo e gritou em voz alta. Daquele ponto em diante dessas fontes agrava-se uma variedade de sintomas, incluindo uma grande dor, convulsões e delírio, mas pouco ou nada dizem sobre a febre, a tônica de Plutarco e contas de Arriano. A dor aguda após um gole de vinho que sugere claramente veneno, razão pela qual Plutarco, em sua biografia de Alexandre, negou veementemente que tivesse ocorrido. "Alguns autores pensam que têm a dizer tais coisas, como se compõe o trágico final de um grande drama", ele zombou. Aparentemente, a disputa entre aqueles que pensavam que Alexander tinha morrido de doença e aqueles que suspeitam de assassinato - essencialmente, aqueles que fizeram ou deixaram de confiar nos jornais Royal - já era abundante na época de Plutarco. Provavelmente, todos os relatos dos sintomas de Alexandre foram centrifugados de um jeito ou de outro e ninguém pode ser confiável absolutamente. Para apoiantes do cenário de envenenamento a questão central é, naturalmente, "whodunnit? O filme de Stone é extremamente cauteloso ao responder esta pergunta. Na cena que retrata o banquete fatal olhares confirmativos são trocados entre os companheiros para mostrar que eles sabem que a xícara de Alexandre contém veneno, mas nenhuma pista é dada a forma como ele chegou lá. Ao contrário de muitos escritores gregos e romanos estarem certos de que eles sabiam não só quem fez isso, mas como e com que veneno. Com notável uniformidade eles apontaram o dedo para Antípatro, o general sênior que Alexander tinha deixado a cargo da pátria macedônia, e dois de seus filhos, Cassandro e Iollas. Antípatro pode realmente ter tido razão para querer ver Alexander morto na primavera de 323 aC, pois o rei tinha acabado de tirá-lo do seu posto e chamou-o para a Babilônia, talvez com intenções hostis. Antípatro ficou, mas Cassandro foi enviado em seu lugar. De acordo com vários relatos antigos Antípatro enviou seu filho com um projeto de águas tóxicas, coletadas a partir do lendário Rio Styx (acredita-se fluir acima do solo no norte do Peloponeso antes de mergulhar para dentro do submundo). A água teve que ser transportada em um casco oco de mula, pois disse que era para comer direito através de qualquer outra substância, exceto chifre. Na Babilônia, a noticiar o fato, Cassandro passou o casco desta mula para Iollas, seu irmão - bastante conveniente, Alexandre vazou o vinho - que então passou a toxina à bebida do rei.
Os elementos básicos dessa história são os mesmos em todos os contos antigos, mas os detalhes variam. Algumas versões mencionam o filósofo Aristóteles como um co-conspirador, ele era um amigo conhecido de Antípatro e, provavelmente, por esse tempo afastado de seu ex-aluno Alexandre, que havia sancionado a morte de seu comparsa Callisthenes. Outros acusam Medius, o anfitrião do jantar final e fatal, supostamente amante de Iollas,do sexo masculino, um participante na trama. Uma versão muito antecedente, publicada em um panfleto anônimo grego, agora conhecido como Os Últimos Dias e do Novo Testamento de Alexander, fez Iollas duplamente culpado: quando o primeiro esboço de veneno não conseguiu matar Alexander, Iollas administrou um segundo, imersão em água do Styx,  apenas ele costumava ajudar o vômito do  rei. Até recentemente os historiadores descartaram a história do envenenamento por água do Styx como uma ficção, possivelmente uma mancha política destinada a prejudicar Antípatro e Cassandro. Ambos eram concorrentes do  poder na era após a morte de Alexandre e tinha muitos inimigos, especialmente Olímpia, a mãe vingativa de Alexandre (que, talvez para ajudar a fomentar a idéia de culpar a família Antípatro, que finalmente, desenterrou Iollas de sua sepultura e ter suas cinzas espalhadas ao vento ). Mesmo a idéia de que a água comum do rio grego poderia ter propriedades tóxicas parecia absurda. Em 1913, o ilustre classicista JG Frazer, declarou que as águas dos gregos identificados como o Styx, hoje chamada Blackwater ou Mavroneri, não continha toxinas e não descansou o assunto por quase um século. Mas, em uma apresentação em uma conferência em Barcelona em 2010, o historiador Adrienne Mayor e o toxicologista Antoinette Hayes propôs que o calcário em torno de Mavroneri poderia facilmente ter nutrido uma bactéria letal chamada caliqueamicina. Ensaios químicos estão sendo planejados para determinar se essas bactérias ainda estão presentes hoje (embora possam ter desaparecido ao longo dos séculos). O prefeito e Hayes argumentam que "caliqueamicina poderia causar a doença e a morte como o descrito por Alexander" - incluindo a febre alta, geralmente visto como prova de uma morte natural. A pesquisa do prefeito e Hayes poderiam sugerir que Alexandre foi assassinado, embora os próprios autores parassem de reclamar. Eles estão mais interessados ​​em explicar a lenda que a própria morte. Sua tese de que o Styx realmente era fortemente tóxico seria explicada  por que Antípatro e seus filhos foram os principais suspeitos do mundo antigo: Cassandro viajou da Europa para Babilônia apenas algumas semanas antes do início dos sintomas de Alexandre desde uma conduta óbvia pela qual a água Styx poderia ter chegado à mesa do banquete do rei. (Cassandro mais tarde ajudou a confirmar as suspeitas do mundo antigo sobre ele por usurpar o trono da Macedônia e pela execução da mãe de Alexandre, esposa e filho.)
Os autores também estão interessados ​​em como, no imaginário grego, a ressonância mítica do Styx, um rio imaginava-se capaz de surpreender até mesmo os deuses, fez dele uma arma ideal para usada por Antípatro e seus filhos. "Essa é uma droga sagrada que iria emprestar uma aura de divindade para Alexander", disse o prefeito recentemente. "Uma droga comum não faria. Só uma substância muito rara, potente e lendária seria apropriada para Alexander.” Resta saber se tais glosas sobre a lenda da conspiração Antipater pode ajudar a desvendar o mistério. Mas é claro que a abordagem prefeito-Hayes, combinando as toxinas disponíveis para o mundo antigo com sintomas relatados de Alexandre, tornou-se uma rota cada vez mais popular para o mistério. Três outros pesquisadores perseguiram nos últimos anos, combinando-a com três novas hipóteses sobre quem poderia ter administrado a toxina: Ptolomeu, um dos principais generais de Alexandre, cometeu o assassinato com arsênico; Rhoxane, esposa do rei, o fez com estricnina; os médicos de Alexandre fizeram isso, mas por acidente, com raiz de heléboro em pó. A  última dessas teorias surgiu a partir da colaboração improvável da toxicologista Leo Schep da Nova Zelândia e do detetive da Scotland Yard John Grieve. Estes dois homens foram reunidos em um documentário de televisão de 2009, a misteriosa morte de Alexandre o Grande. Schep tinha por esse tempo chegado  à conclusão que o pó branco de heléboro, é usado medicinalmente pelos antigos gregos, mas letais em doses elevadas, poderiam melhor relatar os sintomas registrados em Alexandre. Grieve, em seguida, fez a suposição de que o heléboro não foi entregue por um assassino, como Schep supunha, mas por médicos de Alexandre, que acidentalmente levou a overdose de seu paciente durante a tentativa de curá-lo. Especulação engenhosa de Grieve é ​​só isso, mas já ganhou o aval de pelo menos um especialista de Alexander, o britânico classicista Richard Stoneman. "Hellebore, apesar de seus perigos, foi a prescrição favorito de muitos médicos antigos por causa de seus violentos efeitos purgativos", observa Stoneman. "Mas foi fácil chegar a dose errada, e os médicos de Alexandre poderiam ter tido acesso a uma estirpe desconhecida do medicamento na Babilônia -. Ou mesmo descaracterizou o rótulo da Babilônia ' Mas a toxicologia em que Schep e Grieve dependem, evidentemente não é uma ciência exata, especialmente quando praticada a uma distância de 2.300 anos. O autor Graham Phillips apresentou o mesmo registro de sintomas de Alexandre como Schep para o condado de Los Angeles Poison Center Regional, mas obteve uma resposta muito diferente. Em seu livro 2004 Alexandre, o Grande: Murder in Babylon Phillips alega que só a estricnina poderia ter produzido uma morte semelhante à de Alexandre.
Na seqüência de uma trilha às vezes tortuosa de lógica, Phillips tenta identificar o assassino de Alexandre por descobrir quem tinha acesso a estricnina. A planta venenosa é rara ao longo da rota feita em Março por Alexandre e poderia ser colhida apenas nas regiões de altitude do subcontinente (Paquistão moderno). Nem toda a comitiva de Alexandre seguiu em tais áreas, permitindo a Phillips eliminar potenciais suspeitos. Ele conclui que apenas uma pessoa que poderia ter tido um motivo para matar Alexander também tinha os meios: Rhoxane, a primeira das três esposas do rei. Ela tornou-se furiosa com Alexander, Phillips assume, por seus dois casamentos subseqüentes com princesas persas e o matou. Este ponto de vista de Rhoxane como últimos dias de Medea revive um popularização aa tragédia inglesa do século 17 por Nataniel Lee, The Queens rivais, mas não é suportada pela evidência. (Oliver Stone, também, retrata Rhoxane como uma mulher mortalmente ciumenta, embora ele a tenha culpada da morte de Heféstion - em sua opinião, amante de Alexandre. Ao invés de o próprio Alexandre). O arsênio fica no centro das atenções em um livro de 2004, A morte de Alexandre, o Grande por Paul Doherty, romancista e historiador amador. Doherty dá particular ênfase a um pedaço macabro de provas citadas por Plutarco e do escritor romano Quintus Curtius: o corpo de Alexandre não se deteriora, mesmo depois de ficar exposto ao calor do verão da Babilônia por uma semana ou mais. Doherty cita estudos de toxicologia do século 19 para mostrar que o envenenamento por arsênio pode levar a mumificação. No entanto, o júri parece estar ausente neste ponto e, por razões óbvias, as oportunidades de testes de campo são poucas. Se o corpo de Alexandre realmente resistir à decomposição - e alguns especialistas consideram a história uma ficção - então várias explicações têm que ser consideradas. Aqueles que acreditam que Alexander bebeu até morrer alegaram que seu corpo era mais ou menos conservado em álcool. Estricnina de heléboro, e as bactérias caliqueamicina dão propriedades conservantes por seusdiferentes partidários. Os defensores de o cenário doença dar uma razão completamente diferente e mais perturbadora para o fenômeno não-decadência: Alexander, em sua opinião, só apareceu morrer em 11 de Junho, na verdade ele entrou em um coma profundo. Ele pode ainda ter ficado quase morto quando os embalsamadores chegaram muitos dias mais tarde para o estripar.
O livro de Doherty usa alguma adivinhação intrigante para se chegar a Ptolomeu como o seu principal suspeito. Ptolomeu tem a melhor atribuição pós-Alexander de qualquer um dos principais generais, uma postagem no Egito rico. Ele finalmente estabeleceu um reino independente o  qual resistiu por séculos, até que finalmente perderam para sua descendente Cleópatra em 30 aC. Doherty argumenta que o sucesso depois de Ptolomeu, o raciocínio de que quem mais ganhou com a morte de Alexandre teve o maior incentivo para realizá-lo. É o mesmo pensamento que Oliver Stone usou quando fez Ptolomeu um membro principal da trama de assassinato descrita em Alexander. Como o diretor disse na entrevista com Berkeley: 'Eu vou voltar ao [ filme] JFK: Cui bono? Quem se beneficia? “É surpreendente pensar que Ptolomeu ou Rhoxane, duas pessoas, normalmente consideradas como dependentes e dedicadas  a Alexandre,  queria vê-lo morto, mas essas possibilidades não podem ser descartadas. Nem a hipótese Stone que todo o pessoal em geral conivente com o assassinato de Alexandre, pelo menos não intervieram por ele ('Por que o silêncio consentido'). Na verdade John Atkinson, um classicista Sul Africano, apresentou um cenário muito parecido com o do filme de Stone, em um artigo de jornal de 2009 intitulado "Últimos dias de Alexandre : Jogos da malária e da Ment?" (Co-autoria com dois médicos especialistas, Elsie e Etienne Truter). Como Ston, Atkinson retrata um Alexandre  que nos últimos meses foi temido e desconfiado por seus colaboradores mais próximos. "Os policiais estavam lidando com um homem que havia se tornado paranóico e barato", ele e seus co-autores. "Os homens que valorizavam suas próprias vidas não teria desejo de ser liderado por alguém que poderia novamente arriscar a própria vida e colocar seus homens em perigo mortal desnecessário." Na opinião de Atkinson as campanhas que Alexander tinha em mente em junho de 323 aC - incluia a conquista da Arábia, Cartago e  toda a costa do Mediterrâneo – tornara-se uma ponte longe demais para oficiais de Alexandre. Depois amotinaram-se de volta do Oriente, argumenta ele, estes homens agora sentia que só a morte poderia impedi-los de assumir o Ocidente. Mesmo em relação a Alexander como um pária para seu próprio povo, Atkinson rejeita a idéia de que ele foi envenenado, aparentemente em razão de seus sintomas. Seu veredicto é algo mais próximo à eutanásia: depois que o rei ficou doente seu círculo íntimo empurrou-o para a morte com os 'jogos psicológicos' do título do artigo. "Os oficiais nos tribunais de Alexandre teve a oportunidade de trabalhar em sua mente e enfraquecer a sua vontade de sobreviver", Atkinson escreveu. "Talvez ele tenha chegado ao ponto de acreditar que a única coisa heróica deixada para ele fazer era morrer."
E assim, o debate continua com novos caminhos levando a mistérios mais obscuros e levantando questões cada vez mais difíceis. Ironicamente, o resultado líquido da teorização recente foi a criação de maior incerteza do que nunca, até mesmo para quebrar a dicotomia entre a doença de longa data e cenários de veneno. O prefeito e Hayes levantam a possibilidade de que Alexandre morreu de uma doença, mas mesmo assim foi assassinado, John Grieve suspeita que ele foi envenenado, mas por acidente. Atkinson afirma que a morte de Alexandre não era inteiramente penal nem totalmente natural, mas algo no meio. Se o corpo embalsamado de Alexander já foi encontrado - e alguns pesquisadores continuam na sua procura - podemos finalmente saber o que causou sua morte, mas a múmia desapareceu de vista no século terceiro ou quarto (que havia sido exibida anteriormente, num suntuoso monumento em Alexandria). Enquanto isso, os pesquisadores continuarão a se debruçarem sobre os registros deixados por Plutarco, Arriano, Diodoro, Justin e Curtius Quintus. Infelizmente, o conjunto de dados textuais é suficientemente grande para permitir múltiplas formas de ligar os pontos.Com restos físicos carentes e testemunho escrito a carga ambígua da prova o caso Alexander cai pesadamente em provas circunstanciais e muito deste apresenta um sério desafio a todas as teorias da conspiração. Os opositores de tais teorias há muito observou que o próprio Alexandre, durante os 10 ou 12 dias que ele deslizou em direção à morte, nunca deu qualquer sinal  que ele suspeitasse de veneno, que ele havia se tornado rápido para farejar e punir traidores em seus anos finais. Ele nunca teria ido de bom grado a sua morte (como o filme de Oliver Stone parece implicar), nem que seus inimigos lhe permitissem permanecer assim por muito tempo se tivessem de fato agidos contra ele. Um declínio lento lhe permitiria ordenar suas execuções. Para afirmar que Alexandre foi envenenado teria-se que admitir que o trabalho fosse mal estragado. O mesmo pode ser feito sobre o que se seguiu à morte de Alexandre. O caos e o colapso nas décadas seguintes em nada se parecem com o resultado de um assassinato planejado. Se o objetivo dos generais era "ir para casa e gastar seu dinheiro", como Oliver Stone afirmou em sua entrevista em Berkeley, eles falharam miseravelmente. Ninguém jamais voltou à Macedônia e Ptolomeu não conseguiu ganhar paz ou segurança. Muitos dos outros continuaram lutando e matando uns aos outros. Dado que a central de Alexandre concedesse estabilidade ao seu mundo, eles não tinham razão em junho de 323 aC para esperar o contrário. Qualquer plano para envenenar Alexander acarretava muitos  perigos, especialmente para os guerreiros macedônios que não tinham experiência com toxinas. As teorias conspiratórias têm de assumir que os generais de Alexandre odiavam seu comandante o suficiente para arriscar tudo. É mais fácil vê-los na forma como nas fontes de retratá-los: como um grupo dedicado de oficiais de elite que dependem de suas fortunas para a sobrevivência e o sucesso de seu rei. Assim é mais fácil, no final, para acreditar que Alexandre morreu de doença, apesar de engenhosos e determinados esforços recentes para provar o contrário.