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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Companhia Vale do Rio Doce



Por PGAPereira.Extrativismo mineral é matéria de interesse nacional mesmo porque não são repostos, são vendidos muito baratos e suas vendas em quantidades enormes, comprometedoras, vão acarretar a sua escassez, levar ao empobrecimento dos futuros brasileiros em poucas décadas.
          Certo dia, o mais famoso filho de Itabira chegou à sacada da sua casa e não viu mais a serra em frente. Serra que fora do seu pai, do seu avô, “de todos os Andrades, que passaram/ e passarão, a serra que não passa”.Serra essa que era “coisa de índios”, tomada pelos brancos “para enfeitar e presidir a vida/ neste vale soturno onde a riqueza/ maior é a sua vista a contemplá-la”.Deveria ser uma vista eterna. O pico do Cauê, todo de ferro, do melhor minério do planeta, era capaz de soprar “eternidade na fluência”.Mas eis que, em dada manhã, o poeta Carlos Drummond de Andrade olha e não vê mais a serra dos índios e dos muito Andrades. A forma eterna de ser em ferro fora desmontada, “britada em bilhões de lascas,/ deslizando em correia transportadora/ entupindo 150 vagões,/ no trem-monstro de 5 locomotivas/ – trem maior do mundo, tomem nota”.Indignado, o poeta ordena em versos: “foge minha serra vai,/ deixando no meu corpo a paisagem/ mísero pó de ferro, e este não passa”.Se tivesse nascido em Parauapebas, no Pará, como reagiria aquele que muitos consideram não só o maior poeta de Minas Gerais, mas do Brasil? Sua serra acabou como “um retrato na parede, e como dói”. Deixou como herança um hábito, bem itabirano, “de sofrer que tanto me diverte”, reconforta-se o vate mineiro.

A Vale do Rio Doce em Itabira. - Foi a partir de 1942 que Itabira começou a ser explorada por aquela que se tornaria a maior mineradora de ferro do mundo, a segunda maior das mineradoras em geral, a maior empresa privada do continente latino-americano e a maior exportadora do Brasil: a Companhia Vale do Rio Doce.Vale que ajudou a devastar a bacia do Rio Doce, que lhe emprestou o nome e serviu de maravilhosa paisagem para suas estripulias geológicas de cavar fundas jazidas para inverter serras, que viraram buracos, e depois se reduziram a retratos doloridos na parede de poetas.A CVRD já tinha muita história ao ser vendida em 15 de maio de 1997. Mas tudo que fez em 55 anos como estatal, que saiu do papel com a missão de fornecer o minério vital para o esforço das nações Aliadas na Segunda Guerra Mundial contra as potências do Eixo (assim como a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, Rio de Janeiro), foi multiplicado nos 15 anos seguintes como empresa privada.

          O que a Vale já fez em Carajás, 550 quilômetros a sudeste de Belém do Pará, não encontra paralelo na crônica do desmonte de vários dos picos semelhantes ao de Cauê, espalhados por uma das regiões mais belas e de maior densidade histórica e cultural do Brasil, nas antigas Minas Gerais.O trem da estrada de Vitória (no Espírito Santo) a Minas, de 150 vagões, que era o maior do mundo no poema de Drummond, não chega perto do trem de Carajás, hoje o maior de todos.O trem que corre pelos 892 quilômetros da ferrovia de Carajás ao porto da Ponta da Madeira, na ilha estuarina de São Luiz do Maranhão, inaugurada em fevereiro de 1984, tem mais do que o dobro de vagões. São 330, que se estendem por quatro quilômetros de extensão.A composição faz nove viagens por dia. Leva o equivalente a 30 milhões de dólares de um minério ainda mais puro do que o de Itabira, o mais rico da crosta terrestre.Em 2010 o trem parou por vários dias. Uma chuva torrencial inundou toda a parte mais baixa do Maranhão. Os agrupamentos humanos espalhados por uma das regiões mais pobres do Brasil, reduto eleitoral do clã Sarney, ficaram isolados e pessoas morriam ou passavam fome.Enquanto esse drama social acontecia, a tecnologia, o dinheiro, a inventividade e 500 trabalhadores, recrutados para o serviço de levantar diques dos dois lados dos trilhos, se revezavam, sob o comando dos engenheiros da Vale, para fazer a composição cruzar as águas.O trem parecia um animal anfíbio de aço. Nem a enchente o parou. Talvez sobreviva até a um novo dilúvio Noelino. O homem é um capeta no sertão, diria o também mineiro Guimarães Rosa, que de sertão entendia.
          No mês passado houve outra paralisação, dessa vez porque uma ponte em obra desabou. Só três pessoas ficaram feridas, no registro estatístico. Mas 300 mil toneladas de minério deixaram de ser embarcados nos gigantescos navios (um só engole toda essa carga em seu estômago de aço).Os graneleiros atravessam os mares para levar o ferro para o seu maior consumidor, a China, que fica com 60% da produção de Carajás. Outros 20% vão para o Japão.
No ano passado a produção foi recorde: 110 milhões de toneladas, um terço de todo minério que a Vale produziu, com um diferencial: é o filé-mignon do ferro.As jazidas de Carajás deviam durar 400 anos, mas talvez não cheguem a 100. A produção vai dobrar até 2015. O Pará será o maior exportador de ferro do mundo. Produzirá tanto quanto os Estados Unidos no pós-guerra.Ótimo para a Vale (que teve lucro de 30 bilhões de dólares no ano passado, nove vezes o valor da privatização), para a China, para os demais compradores. E para os paraenses?Os paraenses importam pouco. Seu Estado é o 16º em desenvolvimento (IDH) e 21º em PIB per capita (a riqueza dividida pela população). O que importa é o ritmo do trabalho para desmontar as serras, transformá-las em lascas e colocá-las no trem, daí embarcando em navios e serem levadas para bem longe. O resto é detalhe.

          Como o lamentável acidente que aconteceu em Carajás no dia 31 de março. Uma árvore desabou sobre um ônibus que seguia pela Estrada do Manganês, numa das áreas de mineração da empresa, matando três e ferindo nove dos seus ocupantes.À parte a tragédia, acontecendo agora de forma ainda não registrada, um detalhe me chamou a atenção: continua a se chamar Yutaka Takeda o hospital do núcleo urbano de Carajás, em Parauapebas, o 2º município que mais exporta no Brasil (e uma tragédia em indicadores sociais).Quando soube da homenagem prestada pela então estatal, no início dos anos 1990, protestei de público. A denominação original do hospital era Nossa Senhora de Nazaré. Nada mais natural e merecedor de aplausos.Afinal, trata-se da padroeira dos paraenses, que lhe consagram, em Belém, a maior romaria religiosa do mundo. Procissão que conta com mais de um milhão de pessoas.Como a CVRD queria homenagear o big boss da Mitsui, a maior compradora de minério de ferro de Carajás na época, que encontrasse outra forma de bajulação. Inadmissível era fazer a troca da santa pelo executivo, da cultura nativa pela lembrança exótica – e utilitária.Um alto executivo da companhia me garantiu que o hospital voltaria ao seu nome inicial; e me desliguei do assunto.

          O grave acidente do dia 31 me mostrou que fui enganado. Eu e os paraenses que acreditavam que a Vale dava tanta atenção aos seus clientes quanto aos donos da fantástica província mineral, por ela explorada sob concessão do governo federal.Se o que importa é quem comparece à boca do caixa, então que se substitua o nome do executivo japonês pela do capitalista chinês. A China compra, hoje, muito mais minério de ferro do que o Japão de Yutaka Takeda.
 A Companhia Vale do Rio Doce em Carajás

          Em 1980 a Companhia Vale do Rio Doce ainda era estatal. Seu patrão era o governo federal, controlado pelo último general do ciclo de presidentes do regime militar, iniciado em 1964, com a deposição do presidente constitucional e comunista, João Goulart.A CVRD estava a meio caminho de colocar em produção a melhor jazida de minério de ferro do planeta, na serra dos Carajás, 550 quilômetros ao sul de Belém. A entrada desse excepcionalmente rico minério – o mais usado pela indústria – no mercado, em 1984, revolucionou a siderurgia mundial.Dentre outros motivos, por desbancar alguns gigantes industriais, como a americana United States Steel (que foi dona exclusiva de Carajás de 1967 a 1969, quando os militares a obrigaram a se associar à CVRD), a 1ª do ranking nessa época; e favorecer a ascensão das empresas japonesas, chinesas e coreanas. O eixo hegemônico internacional na Amazônia foi deslocado dos EUA para a Ásia, uma tendência que ainda estava em processo na economia global. História que permanece inédita, como quase tudo na Amazônia recente, à espera da disposição dos acadêmicos.Com Carajás, a Vale consolidou sua posição de maior produtora de minério de ferro interoceânico, abriu para si o mercado asiático, galopou para o topo das mineradoras, tornou-se a maior empresa brasileira e a maior exportadora do país. Não é pouco poder. Mas a Vale queria e quer mais.
          Em 1980 ela entregou ao governo um estudo que encomendara. O título estava em inglês: Metal Amazon. O texto, também. O documento nunca precisou ser traduzido para atingir seus objetivos: ampliar ainda mais o domínio da mineradora sobre um território muito maior.A província mineral de Carajás, a mais importante que existe na Terra, ocupa 1,5 milhão de hectares. Mas a Vale desejava controlar um território 10 vezes maior, de 15 milhões de hectares, equivalente ao tamanho do Estado da Paraíba.Para não provocar as previsíveis reações, um órgão oficial foi criado para exercer sua jurisdição sobre esse quase-Estado. Não por mera coincidência, a área do Programa Grande Carajás, coordenado por uma secretaria executiva diretamente ligada à Presidência da República, era praticamente a mesma, em solo paraense, da prevista pelo projeto de criação do Estado de Carajás.Junto com a proposta de emancipação do Tapajós, a oeste do Pará, o projeto foi a julgamento plebiscitário no dia 11 de dezembro do ano passado e acabou rejeitado pelos paraenses, que optaram por manter sua fisionomia tradicional. O projeto de lei foi apresentado no Senado por um representante político do vizinho Estado do Tocantins, não exatamente por acaso (o autor do projeto do Tapajós era de Roraima).
          Nesse espaço, o governo federal, por delegação da empresa, executaria um vasto programa de infraestrutura e de indução a investimentos produtivos, que chegaria a 62 bilhões de dólares (valor da época). O programa, do qual o projeto Carajás da Vale passou a ser apêndice (embora nele tenha tido origem), passou a ser conhecido superlativamente por “Carajazão”, para poder distingui-lo (nem sempre com sucesso) do Carajás “apenas” mineral.Recursos públicos iriam subsidiar tanto ferrovias, portos, estradas e hidrovias quanto siderúrgicas, metalúrgicas e reflorestamentos, em escala ciclópica e com energia intensiva. Era preciso acelerar o ritmo da ocupação, alargar-lhe o horizonte e colocar os produtos gerados a caminho dos mercados internacionais, especialmente da Ásia.Na base ideológica e técnica dessa empreitada, do tal Metal Amazon, a Amazônia era comparada ao monstro de Loch Ness (ou Lago Ness, localizado na Escócia). Os engenhosos ideólogos, que continuam a movimentar as engrenagens da formação das fronteiras econômicas nacionais, recorreram à figura mitológica do monstro para explicar o “fator amazônico”. Este seria um elemento complicador próprio da região (tão selvagem quanto às brumosas paragens escocesas), a onerar os investimentos públicos e privados.
          Mesmo sendo constituída pela maior floresta tropical do mundo (com um terço da mata remanescente), a maior de todas as bacias hidrográficas e a presença humana em seus limites remontando a mais de 10 mil anos, a Amazônia, nessa bitola colonial, seria um “espaço vazio”.Árvores, águas e nativos são invisíveis por essa ótica, que tem sido a matriz da política de dominação da região. Mais do que isso: são estorvos para o desenvolvimento e o progresso, embora estes, na verdade, é que são conceitos estranhos ao bioma amazônico e a toda sua história anterior à chegada dos europeus.Mas que se tornaram impositivos nos tempos atuais em função de poder decisório, tecnologia, capital e outros elementos de força. Ferramentas dos colonizadores vitoriosos, que consideram visões mais íntimas do universo florestal como reminiscências de um tempo morto e enterrado pela “modernidade”. Um anacronismo.Daí ter-se desencadeado a maior destruição de florestas de toda história humana (mais de 700 mil quilômetros quadrados em menos de meio século), pondo-se abaixo um recurso muito mais nobre, como a madeira e toda diversidade biológica, e substituindo-o por outro de valor incomparavelmente inferior.
          É o que explica um município rico em florestas, como São Félix do Xingu, também no sul do Pará, abrigar agora o maior rebanho bovino do país. Milhares e milhares de exuberantes árvores multicentenárias foram abatidas – e continuam a ser derrubadas – para dar lugar a pastos.Sobre essa vegetação rasteira se multiplicaram os animais, com rebanho de 2 milhões de cabeças, sem, no entanto, adquirir qualidade bastante para lhes conferir maior valor agregado minimamente satisfatório no mercado da carne. Maior município pecuário brasileiro é apenas um título de pobreza quantitativa.É também por isso que o orçamento de uma grande hidrelétrica, como Belo Monte, no Rio Xingu, antes mesmo de começar a ser construída, no intervalo de apenas dois anos, passa de 19 bilhões de reais para R$ 28 bilhões (movimento acompanhado pelas grandes empreiteiras nacionais, que pularam da posição de concessionárias de energia para o posto que lhes caibam, de construtoras de grandes obras, em geral superfaturadas).O exemplo mais recente é o da ponte sobre o Rio Negro, ligando Manaus a Iranduba, no Estado do Amazonas, inaugurada no ano passado pela presidenta Dilma Roussef e o ex-presidente Lula. Com 3,6 km de extensão, é a maior já construída sobre águas fluviais no Brasil.Devido aos “fatores amazônicos” engendrados pelo monstro de Loch Ness, o custo da obra cresceu 90% além do limite previsto, indo a mais de R$ 1 bilhão, nos quatro anos em que foi construída.
          Justificativas, números e planilhas sempre são apresentados para dar endosso à obra ou carimbar seu custo extraordinário. Mas quando nenhum argumento é convincente, o desconhecido e inexplicável é chamado à ribalta para assustar os céticos ou iludir os crentes. E assim, sob a face do monstro, a Amazônia desaparece. O monstro invisível e inexorável está vencendo.
           A maioria dos congressistas brasileiros é formada por parlamentares com pouca ou nenhuma instrução educacional ou práticas em comércio internacional, são uns verdadeiros imberbes, avessos a toda sorte de conhecimentos e da história sobre riquezas, ascensão e quedas de nações. Eles não enxergam um palmo além de seus narizes, são praticamente cegos quando o assunto é segurança e interesse da República Federativa do Brasil. O país devia vender chapas de aço cujo custo é 100 vezes maior e acabarem com essa farra de vender por preços irrisórios nossos recursos naturais, lascas de pedras da qual são extraídos quimicamente outros elementos químicos mais caros que naturalmente se encontram misturados ao minério de ferro. O Brasil passou hoje a sustentar a Europa e Ásia falidas com uma arrogância de que suas riquezas naturais jamais serão esgotadas. Nós brasileiros cultos ficamos apreensivos quando o semi-analfabeto Lula ou a presidenta Dilma de descendência estrangeira assessorados pelo PT, um partido oportunista cujos militantes tentam a todo custo sair das suas condições de plebeus e comunistas, tratarem, aprovarem esses assuntos de exclusivo interesse de segurança nacional, e porque não dizer uma matéria exclusiva das Forças Armadas, e que só elas, e somente elas poderiam julgar. A classe política brasileira é constituída na sua maioria por parlamentares leigos quanto a este assunto e que não possuem capacidades intelectuais para discernirem sobre  eventos importantíssimos onde está em jogo o futuro da Nação  Brasileira.     



segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Microfazenda


Por PGAPereira. Construído por Damien Chivialle em colaboração com os alunos do ENSCI, uma pequena micro-fazenda em funcionamento é uma reminiscência de hortas urbanas na aurora da civilização industrial. Um projeto de Ivo Bonacorsi.
A agricultura urbana está sendo tecnologicamente liberada a partir de uma visão utópica, abrindo os horizontes da pesquisa em design contemporâneo em um ritmo acelerado. A criação de micro-fazendas é um dos temas mais fascinantes que já foi visível, infelizmente, apenas virtualmente em requintadas simulações gráficas de vídeos a partir de dados demográficos para fazendas no Facebook. Hoje, no entanto, as oportunidades tecnológicas estão a tornar realidade a sua implementação e padronização de concreto. A micro-fazenda está em exibição no ENSCI, uma das escolas de design mais prestigiada de Paris.Construída em colaboração com o programa de mestrado em criação e tecnologia no ENSCI em Paris pelo pioneiro da agricultura urbana Damien Chivialle, a micro-fazenda assume uma postura radical, uma vez que é acompanhada por um pacote abrangente de iniciativas sobre o uso ecológico de recursos na região de Paris. Não só somos teoricamente capazes de redesenhar parte do uso do espaço metropolitano, abrindo urbanização para o cultivo de recursos alimentares, mas podemos ainda fornecer a energia necessária para realizar projetos dentro do ciclo de crescimento. A viabilidade dessas idéias é demonstrada em um recipiente acessível estufa / criado por Chivialle. Graças a uma simbiose de circuitos aquícolas fechados que misturam elementos animal (peixe) e vegetal (plantas e vegetais) , ele pode transformar os elementos de resíduos produzidos por este sistema de circuito fechado em adubo. Nesta exposição, a construção é uma reminiscência dos jardins urbanos no alvorecer da civilização industrial, mas pode obter bons resultados dentro de uma área muito mais limitada. Desde 2010, duas fazendas existentes, em Zurique e Berlim, já têm criado oportunidades para revitalizar o tecido das comunidades existentes em termos de reciclagem e de produção.
 Graças a uma simbiose de circuitos aquícolas fechados que misturam elementos animal (peixe) e vegetal (plantas e vegetais), a micro-fazenda pode transformar os elementos de resíduos produzidos por este sistema de circuito fechado em adubo.
O objetivo educacional destas estruturas é extremamente importante em lembrar nossa sociedade de consumo - através do uso não apenas metafórico da simbiose entre aqüicultura e hidroponia - que nada está realmente perdido na natureza, mas que os resíduos se transformam em energia e alimento. Certamente, as estruturas são frágeis e até mesmo totêmicas quando instaladas dentro de containeres - objetos que são ironicamente símbolos de mobilidade - e construído com outros elementos industriais que são também os estereótipos da  cultura "pré-fabricada"  que renegocia espaço para a natureza na cidade.
 Um diagrama detalhando a maneira pela qual a exploração da micro-fazenda funciona.
Os limites entre design e arquitetura, na urgência de integrar os processos econômicos e industriais, abandonam a utopia e se materializam em novas preocupações com o desenvolvimento sustentável. O conteúdo desta exposição revela um novo ciclo de trabalho centrado em questões de sustentabilidade ecológica que está em desenvolvimento no mundo globalizado. Temas como a produção de alimentos no contexto urbano, a distribuição local de alimentos para eliminar as emissões de CO2 ou a produção de energia local são apenas alguns dos projetos produzidos pelo ENSCI em parceria com a indústria francesa. A exposição toda é realmente um foco sobre estes aspectos, que hibridizam diferentes disciplinas. Em 26 de Abril, uma mesa redonda oferece a oportunidade de fazer um balanço destas iniciativas de agricultura urbana que estão se intensificando em várias cidades do mundo."Os limites entre design e arquitetura, na urgência de integrar os processos econômicos e industriais, abandonam a utopia e se materializa em novas preocupações para o desenvolvimento sustentável".
Desde 2010, duas fazendas existentes, em Zurique e Berlim, já têm criado oportunidades para revitalizar o tecido das comunidades existentes em termos de reciclagem e produção.
Desde 2010, duas fazendas existentes, em Zurique e Berlim, já têm criado oportunidades para revitalizar o tecido das comunidades existentes em termos de reciclagem e produção.